Entrevista com o GM Felipe el Debs
Nome: Felipe de Cresce el Debs
Rating FIDE: 2499
Título: Grande Mestre Internacional
XadrezTotal: Com que idade começou a jogar xadrez ?
GM Felipe el Debs: Se eu me lembro bem, foi aos 10 anos, com meu pai.
XadrezTotal: Quando começou, você achava que tinha talento, imaginava que poderia chegar a Grande Mestre ?
Felipe: Demorou muitos anos até eu me perguntar isso, eu me divertia jogando, e isso já estava bom para mim, e Grande Mestre era um tipo de criatura mística.
XadrezTotal: Você nasceu em São Carlos, mas o público sempre se lembra de você com uma forte identificação com a cidade de Matão. De onde vem isto ?
Felipe: Nasci e morei boa parte da minha vida em São Carlos, mas desde 2002 até 2010 joguei por Matão com excessão de 2005, cultivando boas amizades e nos torneios sempre andava com o povo de lá, por isso tem muita gente que acha que eu moro ou morei lá.
XadrezTotal: E por onde vai jogar em 2011 ? Ouvimos falar que Pindamonhangaba e outras cidades gostariam de te tirar de Matão !
Felipe: Estamos no começo do ano, ainda não sei.
XadrezTotal: De onde surgiu o termo “Os Trapalhões” ?
Felipe: Isso foi depois de uma edição dos Jogos Abertos na Praia Grande, onde a equipe de Matão liderou boa parte da competição, e na última rodada precisávamos de um empate, embora isso não estivesse claro antes da rodada. Jogamos contra a equipe de Franca que devia regular de força com a nossa, mas o resultado foi uma derrota de 3,5 a 0,5 com direito a todas as penduradas possíveis, duplos garfos e outros, e para comemorar os integrantes da equipe começaram a cantar o tema dos trapalhões em nossa própria homenagem.
Nota do Editor: Para quem não sabe, este é o apelido da equipe de Matão. Eles são muito divertidos e populares no meio enxadristico, ao contrário do programa de TV que levava este nome.
Premiação dos Jogos Abertos do Interior, da Praia Grande-SP.
XadrezTotal: Como foi participar da Olimpíada de Dresden, na Alemanha, em 2008 ?
Felipe: Foi a realização de um sonho, poder ver de perto os melhores do mundo jogando entre si, andar pelo hotel e ver o Topalov, ver o Van Wely ganhar uma India do Rei do Radjabov, só me arrependo de não ter esperado mais uns minutos para ver o Ivanchuk abandonar contra o Jobava. Realmente só tenho boas lembranças.
XadrezTotal: Você foi muito bem nela, mas houve uma polêmica em relação à sua Norma de GM. Como ocorreu ?
Felipe: Pois é, tive um resultado acima do esperado e acabei conseguindo os resultados para a norma, só que mesmo depois da última partida eu não tinha certeza disso, só tive a certeza quando o AI Marius van Riemsdijk me mandou um email dando os parabéns, e em anexo os cálculos, explicando como chegar aos 2600 de performance sem ficar abaixo do rating mínimo. Só que os árbitros já tinham ido embora e o pedido teve que ser feito via troca de emails, e o árbitro principal me entregou a norma poucos meses depois, só que sem sua assinatura eletrônica, que só foi conseguida nessa última Olimpíada pela CBX.
XadrezTotal: Mas conseguir a assinatura foi um verdadeiro “parto”, pois o árbitro em questão, em algum momento se negou a assinar, não foi ? Lembro-me da luta de alguns integrantes da diretoria da CBX [em especial do AI Pablyto Robert] cuidando disto em Khanty Mansyisk, não ?
Felipe: O problema é que sempre que eu ou a CBX pedia para a FIDE uma solução, devido a burocracia ou alguma outra razão, não acontecia nada, só quando o pedido foi direto para o árbitro é que tivemos alguma resposta, agora na Olimpíada eu sei que a delegação brasileira foi atrás do arbitro para conseguir a assinatura, não sei dos detalhes, mas foi um processo demorado.
XadrezTotal: Quais são as suas perspectivas para este ano de 2011 que começa ?
Felipe: Pretendo terminar a faculdade de Economia que já se alongou o bastante, estudar mais xadrez para quem sabe jogar alguns torneios fora sem passar vergonha, e ministrar algumas aulas particulares de xadrez.
Equipe de Matão, em pose menos vexatória que a anterior 🙂
Entrevista concedida ao XadrezTotal pelo GM Felipe el Debs.
Publicado por AI Mauro Amaral com a colaboração de Guilherme Moraes
Bom, o chefe de delegação foi atrás do árbitro, a delegação não… hahahahahahaha…
Bom, o chefe de delegação foi atrás do árbitro, a delegação não… hahahahahahaha…
Parabéns amigo Mauro por este site e pelas informações publicados sobre xadrez, você é uma referência para min que também sou árbitro(não como a sua bagagem profissional) e para muitos de nossos amigos, continua firme com esta alegria que você sempre demostra quando esta trabalhando e pela simplicidade também.
graça e paz
Parabéns amigo Mauro por este site e pelas informações publicados sobre xadrez, você é uma referência para min que também sou árbitro(não como a sua bagagem profissional) e para muitos de nossos amigos, continua firme com esta alegria que você sempre demostra quando esta trabalhando e pela simplicidade também.
graça e paz
Prezados amigos do site Xadrez Total,
Quero ressaltar que nós, da equipe de Matão, não temos exatamente o apelido “Os Trapalhões”. Quer dizer: pelo menos não é um nome pelo qual atendemos diretamente. Até porque, talvez, só uma pessoa tenha, efetivamente, nós chamado assim, o árbitro Humilde, quer dizer, Modesto – mas bem que, de toda forma, como puderam perceber, às vezes, pelas peripécias que aconteceram (fora e, infelizmente, mais principalmente, dentro dos tabuleiros) bem que mereceríamos…
Enfim: quero deixar aqui registrado que o apelido, OFICIALMENTE, NÃO EXISTE (e espero que assim continue) – mas, todo caso, se um dia acontecer, eu quero ser o Didi.
Além disso, quero ressaltar que a segunda foto é MUITO mais vexatória que a primeira! hahahaha
Enfim: parabéns pelo site e pela entrevista!
abração,
Prezados amigos do site Xadrez Total,
Quero ressaltar que nós, da equipe de Matão, não temos exatamente o apelido “Os Trapalhões”. Quer dizer: pelo menos não é um nome pelo qual atendemos diretamente. Até porque, talvez, só uma pessoa tenha, efetivamente, nós chamado assim, o árbitro Humilde, quer dizer, Modesto – mas bem que, de toda forma, como puderam perceber, às vezes, pelas peripécias que aconteceram (fora e, infelizmente, mais principalmente, dentro dos tabuleiros) bem que mereceríamos…
Enfim: quero deixar aqui registrado que o apelido, OFICIALMENTE, NÃO EXISTE (e espero que assim continue) – mas, todo caso, se um dia acontecer, eu quero ser o Didi.
Além disso, quero ressaltar que a segunda foto é MUITO mais vexatória que a primeira! hahahaha
Enfim: parabéns pelo site e pela entrevista!
abração,